O governo brasileiro planeja utilizar 40 voos para trazer máscaras de proteção da China que auxiliarão o país durante a pandemia do novo coronavírus.
O Ministério da Infraestrutura está fazendo consultas a companhias aéreas brasileiras e estrangeiras para viabilizar o frete do equipamento, cujo peso total é estimado em 960 toneladas. Para transporte do material será concedido status de voo de Estado, o que garante prerrogativas de prioridade de pouso e decolagem, por exemplo.
As máscaras cirúrgicas de três camadas e também do modelo N95 ao Brasil devem começar a chegar ao Brasil num prazo de 15 dias. O material é necessário para garantir a segurança das equipes de saúde que atuam em postos de atendimento e vêm se queixando de falta de equipamento de proteção.
A carga será transportada da cidade chinesa de Guangzhou para Guarulhos, em São Paulo. A estimativa é de que sejam necessários 40 voos, o que depende ainda do tamanho das aeronaves envolvidas.
O ministério estima que cada voo pode durar 40 horas, desde a partida da China, incluindo ao menos uma escala, até a chegada em São Paulo.
A operação envolve ainda outros órgãos federais como o Ministério das Relações Exteriores, Receita Federal, Polícia Federal e Anvisa. Após a chegada em Guarulhos, o equipamento de proteção será distribuído com auxílio do governo para as 27 unidades do país.
Para que isso ocorra, devem ser utilizados cargueiros comerciais, aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), veículos oficiais de estados e deve haver ainda o apoio de grandes empresas importadoras que ofereceram sua estrutura logística ao governo.
Empresas como a Latam e as Lojas Americanas entraram em contato com o Ministério da Infraestrutura para se colocar à disposição na logística.
Paralelamente a isso, o ministério informou que está atuando para viabilizar a chegada de pelo menos 11 voos cargueiros contratados pela Vale.
Aeronaves vindas da China devem trazer 540 toneladas de testes rápidos, luvas, aventais, óculos, máscaras cirúrgicas e N95 doados pela empresa.
Um primeiro voo da mineradora chegou na semana passada com 500 mil kits de testes rápidos.
A previsão é que a segunda carga chegue nesta quinta-feira (9) em São Paulo.
Em entrevistas coletivas, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, vem agradecendo e pedindo um esforço para que gigantes brasileiras que atuem na China ajudem o Brasil a trazer equipamento no auxílio do combate à pandemia.
Isso ocorre após o governo ver frustrado o plano, na semana passada, da chegada de respiradores do país asiático por um bloqueio de carga nos Estados Unidos.
Informações de Folha de São Paulo.