Mulher no comando

Um fato inédito promete movimentar os quartéis a partir de março.A ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha vai assumir a presidência do Tribunal Superior Militar, a corte mais antiga do país, criada em 1808 por D. João VI. Advogada e procuradora federal que está no STM desde março de 2007, ela será a primeira mulher a presidir o órgão e já chega com opiniões polêmicas. 

Maria Elizabeth Rocha é a favor da revogação da Lei da Anistia de 1979 porque considera que crimes de tortura não são suscetíveis de perdão. Seu marido, inclusive, o general de divisão Romeu Costa Ribeiro Bastos, teve um irmão desaparecido no período da ditadura militar (1964-1985).

Sobre os 23 militares acusados ​​pela Procuradoria-Geral da República pela tentativa de golpe de Estado, Maria Elizabeth afirma que a denúncia é bem fundamentada e que não vê motivo para os denunciados serem julgados em um tribunal castrense. Segundo ela, a denúncia da PGR tem começo, meio e fim, sendo que o ministro Alexandre de Moraes deve seguir à frente do caso porque é o juiz natural da causa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) também está na mira de Maria Elizabeth Rocha. Ela diz que “falta noção e conhecimento dos fatos” ao parlamentar porque ele duvidou que houve uma tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Pelo visto, um novo presidente da corte militar vai dar o que falar.

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