Na segunda parte da série “Aviação Militar – O Controle do Céu”, O Planeta Azul mostra o impacto da aviação militar na história moderna. Depois de abordar na Parte 1 a evolução das aeronaves na Primeira Guerra Mundial até a Guerra Fria, o foco agora é o desenvolvimento vertiginoso dessas máquinas de guerra, capazes de romper a barreira do som e intensificar a disputa pela hegemonia aérea mundial.
Na Guerra Fria, a competição tecnológica entre as potências foi intensa, com a União Soviética criando caças como o MIG-31 e o SR-71, que competiam diretamente com o F-22 dos Estados Unidos. Embora aposentados nas décadas de 1990 e 2000, esses aviões ainda são lembrados como marcos na corrida armamentista do século passado. Outros caças, como o Sukhoi SU-27 da Rússia, ainda são reverenciados por sua capacidade de atingir 2.500 km/h e ter um alcance bélico de 3.500 km, mantendo-se como concorrentes diretos do F-15 americano, que passa por constantes aprimoramentos.
O Brasil se destaca como um importante centro da indústria aeronáutica global, com a Embraer desempenhando um papel essencial na implementação de projetos militares e civis. A empresa, que já foi estatal, continua a competir fortemente no mercado internacional de aviões militares. A Embraer Defesa e Segurança (EDS), sua subsidiária, desempenha uma função estratégica no sistema de defesa brasileiro, sendo responsável pelo desenvolvimento de novos projetos, fabricação e modernização de aviões militares, além de tecnologias de vigilância e radares.
Um dos projetos de maior relevância da Embraer é o desenvolvimento do caça F 39 Gripen, que envolve a adaptação da estrutura para a fabricação nacional do modelo sueco, agora parte da Força Aérea Brasileira. A empresa também fabrica aeronaves como o C390, conhecido como Hércules, e o EMB 314, o Tucano.
Enquanto isso, gigantes da indústria aeronáutica mundial, como a Boeing, continuam a investir pesadamente no setor militar. Anualmente, a empresa fabrica a maior parte dos caças dos Estados Unidos, seu principal cliente, com destaque para o Super Hornet, que possui uma vantagem significativa sobre os aviões da Embraer. Através da Boeing Defesa, Espaço e Segurança, a empresa mantém um ritmo de inovação constante, em especial frente ao desafio tecnológico imposto pela crescente concorrência da China.
O rápido avanço da indústria militar chinesa nos últimos anos tem atraído a atenção internacional. Desde sua primeira fase, quando os chineses utilizavam caças russos, Pequim tem investido fortemente na modernização de sua indústria aeroespacial, criando aeronaves que competem diretamente com os caças dos Estados Unidos e da Rússia. A China também se destaca na busca incessante pela velocidade, com novos modelos como o “Macaco Voador”, que promete atingir a marca de 5.000 km/h. O lançamento está previsto para 2026.
A aviação civil, responsável por milhares de voos diários, continua sendo uma necessidade global. No entanto, a aviação militar está em constante evolução, com ênfase na criação de aeronaves não tripuladas e com alto poder de destruição. O uso crescente de drones no Oriente Médio revela como a tecnologia tem alterado o cenário bélico, tornando-se uma das principais armas de combate. A indústria militar, no entanto, depende de conflitos para sua existência. A questão que persiste é: será a guerra a melhor solução para os desafios globais do século XXI?
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