Nesta sexta-feira (28) o governo da Turquia realizou ataques com mísseis em Hama, Nubl, Zahraa e Latakia, cidade síria onde está uma base militar russa. O ataque foi uma retaliação a ação síria que matou 22 soldados turcos na quinta-feira (27). Forças turcas também atacaram alvos na cidade de Idlib com artilharia pesada.
O presidente Recep Erdogan havia feito uma reunião de emergência no início do dia, na qual foi tomada a decisão de realizar o ataque. Em nota oficial após a ação, órgão de comunicação do governo turco afirmou ter “neutralizado” 300 soldados sírios, 55 tanques, 3 helicópteros, 18 blindados, 6 depósitos de munição e 4 metralhadoras pesadas de fabricação russa.
Na manhã de hoje (28), Erdogan e Vladmir Putin, presidente russo, conversaram por telefone e sinalizaram que tentarão conter a crise na região.
Os EUA emitiram comunicado dizendo que apoiam a Turquia, seu aliado na OTAN
(Organização do Tratado do Atlântico Norte), e que esperam que os ataques sírios,
apoiados pela Rússia, cessem. Não há, até o momento posição oficial do Kremlin,
mas durante o dia, dois navios de guerra russo foram avistados no estreito de
Bósforo, em direção à costa Síria.
Autoridades da OTAN disseram que estão muito preocupadas com a situação e que teme que os conflitos aumentem. O Alto Representante de Segurança da União Europeia, Josep Borrell Fontelle disse que teme que a crise escale para um “conflito armado internacional”.