Ministério da Saúde antecipa vacina contra gripe para 23 de março

Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (27) que decidiu antecipar em 23 dias a campanha nacional de vacinação contra a gripe devido ao temor provocado pela Covid-19, o coronavirus. Agora, a campanha terá início em 23 de março.

Segundo o ministro da pasta, Luiz Henrique Mandetta, a medida é uma forma de distinguir os sintomas da Covid-19 de outras doenças virais.

Mandetta disse que a campanha será gradual, iniciando por crianças de até 6 anos, depois gestantes e idosos. Em seguida, outros segmentos da sociedade serão selecionados, como a população carcerária.

“Esse ano nós vamos fazer outros grupos, não só os idosos.. Devemos fazer uma força de segurança. População presidiária completa, ampliar seguimentos para diminuir circulação epidêmica”, disse.

O ministro falou em entrevista a jornalistas no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo. Também estavam presentes o governador João Doria; o secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann; o coordenador do centro de contingência de São Paulo, David Uip; a diretora da vigilância sanitária estadual, Helena Sato; o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas; e Cléber Mata, da comunicação do governo.

Balanço do Ministério da Saúde, concluído às 17h, confirma que há 1 caso de um homem diagnosticado com Covid-19 no país. Há ainda outros 132 casos suspeitos. Destes, 121 têm histórico de viagem para países com incidência da doença, 8 são de contatos com casos suspeitos e 3 foram de contatos com o caso confirmado.

Os pacientes estão recebendo acompanhamento em isolamento domiciliar.  “O isolamento domiciliar tem eficácia para casos transmitidos por gotículas tanto quanto quando você está em um hospital”, disse Mandetta.

A pasta informou que há ainda 213 notificações de casos que não foram analisados se estão entre os critérios para diagnóstico do Covid-19. A estimativa é que o número de suspeitos possa chegar a 300. Mandetta afirma que os governos federal, estadual e municipal têm seguido todas as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde). No entanto, cobrou que a organização classifique o Covid-19 como uma “pandemia”, reconhecendo que o novo coronavírus afeta pessoas ao redor do mundo, e não apenas uma região.

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