O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (11) novas restrições de viagens vindas da Europa, em uma tentativa de barrar a propagação do novo coronavírus.
Em um discurso televisionado, ele disse que todas as viagens do continente europeu em direção ao país serão suspensas pelos próximos 30 dias.
Ele reconheceu que as restrições são “fortes, mas necessárias”. Elas, no entanto, não se aplicam ao Reino Unido, onde 460 casos do vírus já foram confirmados.
Até o momento, nos EUA, há 1.135 casos confirmados e 38 mortes.
“Para impedir que novos casos entrem em nossas fronteira, suspenderemos todas as viagens da Europa para os Estados Unidos pelos próximos 30 dias”, disse Trump.
“As novas regras entrarão em vigor na sexta-feira à meia-noite (horário local)”, detalhou.
Trump também instou o Congresso americano a aprovar medidas de isenção de impostos como forma de conter os efeitos do coronavírus na economia.
“Estou pedindo ao Congresso que dê aos americanos alívio imediato nos impostos sobre os salários”, disse.
Qual é a situação nos EUA?
Autoridades avaliaram inicialmente que o risco de infecção era baixo para o público em geral nos EUA, mas a preocupação aumentou depois que vários novos casos foram confirmados no início deste mês.
Os esforços de contenção estão em curso — uma amostra disso é o envio de militares para New Rochelle, ao norte da cidade de Nova York, onde acredita-se que um surto tenha surgido.
A Guarda Nacional entregará comida a algumas pessoas que foram orientadas a se auto-isolarem ali.
O governador do Estado de Washington proibiu grandes reuniões de pessoas em vários municípios. O Estado, no noroeste do país, é o ponto focal do surto nos EUA, respondendo por 24 de pelo menos 38 mortes em território americano.
Falando ao Congresso americano, Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, afirmou que o surto “vai piorar” — e que a dimensão disto dependia em parte da capacidade de conter os infectados.
Os altos custos médicos tornam o vírus particularmente problemático no país — muitos americanos evitam as consultas médicas por causa de custos inacessíveis. A falta de licença médica remunerada é outra preocupação, assim como o medo do número de exames demandados.
Mas o vice-presidente Mike Pence, responsável pela força-tarefa que coordena a resposta à crise, disse que “qualquer americano pode ser testado, sem restrições, em caso de pedido médico” e que as seguradoras prometeram compensar os custos.
Informações de BBC Brasil.