A epidemia ainda é muito severa no Brasil, mas há sinais de que ela está se estabilizando, afirmou nesta quarta (17) o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan. Segundo ele, no entanto, “este é o momento de redobrar a cautela, pois já vimos em outros países que uma estabilização pode rapidamente se transformar em um aumento”.
Ryan afirmou que o país precisa reforçar as medidas de distanciamento físico e higiene e garantir que as comunidades mais carentes recebam apoio para segui-las.
Para o diretor-executivo da OMS, se criar oportunidades para que os brasileiros mantenham o distanciamento e continuar garantindo o funcionamento dos hospitais, o país deve conseguir controlar a doença.
Para OMS, Brasil caminha para estabilização e precisa redobrar cautela – 17/06/2020 – Equilíbrio e Saúde – Folha
Cálculos divulgados pelo Imperial College, uma das principais instituições globais de pesquisa de epidemias, mostraram que a velocidade de contágio por coronavírus no Brasil se reduziu pela terceira semana seguida.
Para OMS, Brasil caminha para estabilização e precisa redobrar cautela – 17/06/2020 – Equilíbrio e Saúde – Folha
A taxa de contágio calculada nesta semana para o Brasil é de 1,05, ou seja, cada 100 pessoas contaminadas transmitem o coronavírus para outras 105, que por sua vez transmitem para 110,25 e assim por diante, fazendo com que a doença se espalhe em velocidade progressiva no país.
Taxas acima de 1, portanto, indicam transmissão fora de controle. Na semana passada, a taxa calculada para o país era de 1,08; no final de abril, chegou a 2,8. Esta é a oitava semana seguida em que o Brasil registra transmissão fora de controle.
A OMS também fez um alerta para que os países reforcem os controles contra doenças que aumentam sua incidência nos próximos meses, como febre amarela, dengue, zika e chikungunya.
Para OMS, Brasil caminha para estabilização e precisa redobrar cautela – 17/06/2020 – Equilíbrio e Saúde – Folha
Ryan afirmou que as mesmas comunidades mais suscetíveis ao coronavírus, pela dificuldade de distanciamento físico, são vulneráveis a essas doenças por falta de saneamento e acesso ao sistema de saúde.
A OMS reforçou que o controle dos mosquitos é compatível com as medidas de prevenção ao coronavírus, e que o sistema de saúde deve ser reforçado para que os profissionais possam identificar corretamente os sintomas de cada doença.