A imigração tem se tornado uma das questões mais polêmicas no cenário internacional, especialmente nos Estados Unidos e na Europa.
Nos Estados Unidos, o novo presidente Donald Trump promete uma deportação em massa e diz o número: 11 milhões de pessoas. Para isso, prevê a mobilização da Guarda Nacional e uma ação rigorosa contra os imigrantes ilegais. Enquanto isso, na Europa, muitos países estão adotando medidas mais restritivas, endurecendo suas legislações e criando barreiras físicas e legais para limitar a entrada de novos imigrantes.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o número de pessoas deslocadas no mundo atingiu um recorde alarmante, com um aumento de 8% em relação ao ano anterior. A maioria desses refugiados vem de regiões devastadas por conflitos como Síria, Afeganistão e Venezuela, que juntas concentram 67% dos deslocados forçados.
A Europa, tradicionalmente um destino para milhões de pessoas vindas de países da África e Ásia, tem testemunhado mudanças significativas em sua postura em relação à imigração. Por décadas, a integração dos imigrantes foi vista como um pilar para a construção de sociedades mais inclusivas e tolerantes. No entanto, esse cenário começa a mudar à medida que a crise econômica impacta a região e muitos imigrantes passam a ser responsabilizados por problemas internos, como o desemprego e a pressão sobre os serviços públicos.
A Alemanha já havia adotado políticas de contenção de imigração. Agora, a Holanda está seguindo o mesmo caminho que a sua vizinha. O governo dos Países Baixos está implementando novas medidas de controle de fronteiras baseadas em regulamentos da União Europeia. A construção de muros e barreiras físicas, como já acontece em várias partes da Europa, é uma tentativa de evitar o fluxo de imigrantes, mas muitos questionam se essas barreiras concretas serão capazes de resolver os problemas mais profundos que geram o deslocamento forçado como a pobreza, a violência política e os desastres naturais.
O Brasil, por sua vez, tem se tornado um destino crescente para pessoas em busca de abrigo. Em 2023, o país registrou 77.193 pedidos de refúgio, um aumento significativo em relação ao ano anterior. A maioria dos solicitantes vem da Venezuela e de Cuba, países que enfrentam crises políticas e econômicas severas. Atualmente, mais de 143 mil pessoas são reconhecidas como refugiadas no Brasil (em 2022, eram 65.840), refletindo a importância do país no contexto das migrações globais.
Apesar dos esforços para controlar e limitar a imigração, o número crescente de deslocados mostra a magnitude da crise humanitária que o mundo enfrenta. As causas principais do deslocamento forçado incluem a crise econômica, conflitos armados e desastres naturais, fatores que não podem ser resolvidos apenas com medidas de contenção. A pergunta que se coloca é: como o mundo irá lidar com a dramática situação de milhões de pessoas em busca de um futuro melhor? Com as portas se fechando em muitos países, as soluções parecem mais distantes do que nunca.
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