A China é o maior parceiro comercial do Brasil no mundo. Desde 2009, o país asiático tomou esta posição dos EUA. Segundo o Ministério da Economia, em 2018, este comércio foi de US$ 98,6 bilhões, com superávit para o Brasil de US$ 29,2 bilhões.
São minérios, petróleo e produtos agrícolas que o mercado chinês absorve do Brasil e que, segundo o economista da Escola Nacional de Administração Pública, ENAP, José Luiz Pagnussat, impulsionaram o agronegócio brasileiro. “A China precisa de muitos produtos que o Brasil tem em abundância. O grande sucesso do agronegócio brasileiro se deve muito ao crescimento da demanda chinesa”, ressaltou o economista.
E para além do comércio, a China é um forte investidor na economia brasileira. É o chamado Investimento Estrangeiro Direto(IED), aquele que segue para atividade econômica gerando emprego e renda.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, junto com o Japão, a China concentra, em território brasileiro, um estoque de investimentos de US$ 100 bilhões em setores como o de telecomunicações, energia e óleo e gás natural.
Foi com estas informações na bagagem, que o presidente Jair Bolsonaro fez uma viagem ao Oriente Médio e Ásia na segunda quinzena de outubro. A China foi o segundo país a ser visitado, depois do Japão e antes de três nações árabes: Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita.
Em território chinês, o presidente Jair Bolsonaro, manteve encontros de alto nível com o presidente da Assembleia Nacional Popular da China, Li Zhanshu, com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping. Na ocasião foram assinados, entre as delegações dos dois países, oito acordos bilaterais em áreas como educação superior, agricultura e energia.
No setor energético o destaque foi a liberação para o início de operação de uma linha de transmissão de 2,5 mil km, conectando a segunda fase do projeto de transmissão de energia entre a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e a região Sudeste do Brasil, obra que recebeu R$ 8,5 bilhões da empresa chinesa State Grid Corporation.
Brasil e China ainda ressaltaram, em declaração conjunta, a meta de ampliar e fortalecer a parceria estratégica entre os dois países, visando a ampliação da corrente de comércio e diversificação de produtos comercializados.
Esta determinação foi reforçada pelo presidente no Seminário Empresarial Brasil-China: 45 anos construindo laços bilaterais, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em Pequim.
No seminário o presidente afirmou que o Brasil quer fazer negócios com o mundo todo. “Essa presença é uma prova concreta de que nós queremos, sim, mais que ampliar, diversificar todo o nosso ambiente de negócio”, defendeu Bolsonaro.
Bolsonaro também anunciou na viagem à China a isenção de vistos para turistas chineses no Brasil. A isenção vale para 3 meses, pode ser prorrogada por igual período e funciona nos mesmos moldes do que já vale desde 17 de junho para norte-americanos, canadenses, australianos e japoneses, o que contribuiu para o aumento da procura de viajantes destas nações ao território brasileiro segundo o ministério do Turismo.
RAIO X – China / fonte: Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) – com informações do Banco Mundial, FMI, ONU e governos nacionais
Localização: Ásia
População: 1.384.688.986 (2018)
Economia: US$ 12,01 trilhões (2017)
Renda per capita: US$ 16,7 mil (2017)