A União Europeia começa a ameaçar restringir a exportação de vacinas contra a Covid-19 produzidas no bloco por falta do imunizante nos países-membros. A possibilidade começou a ser aventada após alguns países terem tido atrasos no recebimento de vacinas da Pfizer.
O bloco europeu pagou adiantado 2,7 bilhões de euros (aproximadamente R$ 17,5 bilhões) para que a Pfizer realizasse a entrega de 300 milhões de doses para a União Europeia – com adicional para mais 100 milhões de doses.
Dirigentes europeus alegam que as doses já foram pagas, mas não foram entregues. Um dos países com maiores queixas é a Itália, que, segundo suas autoridades de saúde, atrasou em quatro semanas a vacinação para maiores de 80 anos por falta de vacinas.
A Itália já apresentou denúncia formal para que a Pfizer preste esclarecimentos. Segundo o país, o laboratório deveria ter entregue 562.770 ampolas a mais do que já chegou ao local.
O ministro da saúde da Alemanha, Jens Spahn, disse que a medida de restringir exportações não se trata de egoísmo ou protecionismo, mas sim de parcialidade diante do contrato fechado entre a Pfizer e a União Europeia.