A partir desta segunda, 1, prefeitos podem começar a implementar o Plano São Paulo, anunciado pela gestão Doria. Pelo plano, o Estado foi dividido em regiões e em fases, que vão de 1 a 5, e podem começar a implementar medidas de flexibilização e reabertura gradual das atividades econômicas a partir da classificação na fase 2. De acordo com o governo, 90% do Estado ainda está entre as fases 1 (restrição total, somente com funcionamento de serviços essenciais) e 2 (reabertura com restrições).
“A responsabilidade que temos com o Plano São Paulo é deixar claro que não suspendemos a quarentena em São Paulo. Estamos com uma nova quarentena que vai até dia 15 de junho. O governo está fornecendo critérios, dados, para que cada município e região do Estado acompanhe a evolução da epidemia, e possa aplicar uma retomada consciente. E a partir daí poderão adotar medidas de abertura cuidadosas. Mas, pra isso, deverão seguir a orientação do plano e das cinco etapas”, afirmou o governador João Doria (PSDB) ao jornal O Estado de São Paulo.
A capital paulista, por exemplo, está na fase 2, que permite a retomada de atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers. No entanto, na capital, de acordo com o prefeito Bruno Covas (PSDB), as atividades só serão retomadas após as análises de documentação que devem ser enviadas pelas entidades setoriais. A partir da documentação, a análise será feita pela Vigilância Sanitária. Covas afirmou em entrevistas anteriores que esse processo de análise começa nesta segunda.
Na semana passada, o Estado também subdividiu a Grande São Paulo em regiões, para análise de planos específicos para de retomada da economia nessas localidades. A região, como um todo, está na fase de restrição máxima. A Baixada Santista também foi classificada como fase 1.
Pelo plano, o Estado foi dividido em 17 regiões e a primeira fase, vermelha, só permite o funcionamento de serviços essenciais. A fase dois (laranja) é de controle, ainda com medidas restritivas, mas permite a retomada de alguns setores, como atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers. Na fase três (amarela), é possível reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza, mas ainda com restrições de horário e fluxo de clientes, somados aos setores da fase dois. Na fase quatro (verde), haverá um nível de abertura maior, incluindo academias, mas ainda com restrições. E a fase cinco, chamada de “o novo normal controlado”, traz a liberação total, mas com medidas de higiene.
Cidades das regiões de Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos, Marília, Piracicaba também estão nessa fase dois. Apenas algumas regiões do interior estão na fase 3 (amarela), como Bauru, Presidente Prudente e Barretos. Nenhuma região está na fase 4 (verde) ou fase 5 (azul).
De acordo com a secretaria de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen da Silva, 90% da população do Estado continua vivendo em regiões que estão nas fases 1 e 2. “Nessas duas fases, a epidemia continua crescendo e precisa de uma atenção especial. E essa pequena retomada tem de ser feita de forma cuidadosa. Precisamos manter o trabalho de isolamento e os protocolos setoriais e de higiene. A velocidade do crescimento da doença deve ser controlada e a capacidade do nosso sistema de saúde, que vem sendo monitorado, para que a retomada consciente aconteça”, disse.