Por que seu próximo colega de trabalho pode ser um robô

O braço robótico EVA foi foi concebido pelo ex-arquiteto Suryansh Chandra e de seu sócio Mostafa Elsayed.

“Começamos com a intenção de democratizar a robótica, de tornar a automação disponível e acessível a tantas pessoas quanto necessário”, diz Chandra.

Eles apostam que existem milhares, senão milhões, de empresas menores cujas atividades requerem tarefas repetitivas.

No entanto, muitas delas não podem comprar um grande robô industrial.

Nesse sentido, o EVA foi desenvolvido a partir de peças confiáveis e baratas. Ele usa os mesmos motores que alimentam as janelas elétricas nos carros, enquanto os chips de computador são semelhantes aos usados no setor de eletrônicos de consumo.

Com o barateamento dos custos, o EVA pode ser vendido por 8 mil libras (R$ 45 mil).

“Se eu fosse fazer uma analogia, é como se estivéssemos em um mundo com vários carros de luxo. Tudo é rápido, poderoso e preciso, mas não há um Toyota. Não há um carro para pessoas comuns”, diz Chandra.

A Automata faz de um pequeno grupo de empresas tentando encontrar um mercado mais amplo para robôs e revolucionar a maneira como as coisas são feitas.

Mais de 2,4 milhões de robôs industriais estão operando em fábricas em todo o mundo, de acordo com dados da Federação Internacional de Robótica (IFR), que prevê um crescimento de vendas de dois dígitos de 2020 a 2022.

Atualmente, a maioria dos robôs realiza trabalhos repetitivos em grandes fábricas, produzindo carros, eletrônicos e metal.

Esses braços industriais gigantes há muito são poderosos e precisos, mas carecem de adaptabilidade.

No entanto, agora, os avanços em inteligência artificial, juntamente com a tecnologia de visão aprimorada e os melhores dispositivos para manuseio, estão abrindo novos mercados.

As compras online abriram uma oportunidade interessante para o setor. Nos armazéns gigantes, milhões de objetos de diferentes formas e tamanhos precisam ser classificados e movimentados.

Para substituir os humanos neste mercado em crescimento, os robôs precisam ser capazes de reconhecer e segurar todos os tipos de itens diferentes.

“Algo que uma criança pode fazer com facilidade, como alcançar uma lixeira e pegar um item, é realmente difícil para um robô. Foi necessária muita tecnologia para tornar isso possível”, diz Vince Martinelli, da RightHand Robotics, empresa sediada nos EUA.

A RightHand Robotics foi uma das primeiras a desenvolver uma pinça que pudesse ser montada na extremidade do braço do robô, permitindo que ele pegasse itens de tamanhos diferentes.

Para segurar itens, o braço robótico emprega um dispositivo de sucção e três dedos. Primeiro, esse sugador aumenta de tamanho para pegar o item e, depois, os três dedos o prendem.

Ele usa uma câmera ligada à inteligência artificial para identificar e localizar o objeto que deseja.

O crescimento vertiginoso nas compras online criou uma demanda por esse tipo de tecnologia; somente a Amazon investiu centenas de milhões de dólares em tecnologia para seus armazéns.

“Quando vou a uma loja, tenho à disposição minha ‘mão de obra’. Ando pela loja pegando as coisas que quero. Ao fazer um pedido online, entretanto, eu devolvo essa tarefa ao varejista, é ele que tem de se virar para que esse item chegue à casa do consumidor”, diz Martinelli.

A Soft Robotics, também sediada nos EUA, está buscando a solução para o mesmo problema, embora de uma maneira diferente.

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