
Jacinda Ardern, declarou hoje um “estado de emergência climática” no país, uma medida simbólica para aumentar a pressão pelo combate ao aquecimento global.
Em pronunciamento, a líder de centro-esquerda disse que a ciência sobre a mudança climática é clara e que a Nova Zelândia deve reconhecer a ameaça. Ela afirmou ao Parlamento que a ação urgente é necessária para bem das próximas gerações.
Segundo Ardern, os desafios impostos pelo aquecimento global significam que a declaração do Parlamento – um ato realizado por mais de 30 países – é justificada.
“Nos casos em que fazemos declarações, muitas vezes é onde há uma ameaça à vida, uma ameaça à propriedade e emergências de Defesa Civil”, afirmou ela, ressaltando que, se não respondermos às mudanças climáticas, continuaremos tendo essas emergências em nossas costas”.
Durante seu discurso, a primeira-ministra neozelandesa abordou os reflexos negativos da deterioração do clima nas indústrias primárias, na disponibilidade de água e saúde pública, principalmente materializada em enchentes, aumento do nível do mar e incêndios florestais.
Além disso, Ardern reconheceu uma tendência alarmante do declínio das espécies e da biodiversidade global e do país.
“Vote a favor desta declaração, esteja ao lado certo da história, seja parte da solução que devemos entregar coletivamente para a próxima geração”, enfatizou.
Os parlamentares aprovaram a declaração de emergência amplamente simbólica por um placar de 76 votos favoráveis contra 43, depois que a premiê os incentivou a apoiar a medida.
Ardern voltou ao poder no mês passado com a maior vitória eleitoral de seu Partido Trabalhista de centro-esquerda em meio século. Em seu último mandato, seu governo aprovou uma Lei de Carbono Zero, que estabelece a estrutura para zerar as emissões líquidas até 2050.
Com a decisão desta quarta, a Nova Zelândia se junta a outros países que decretaram a situação emergencial. O parlamento britânico se tornou o primeiro no mundo a declarar uma emergência climática, ao aprovar uma moção em maio do ano passado, seguido pela Irlanda.