Um buraco na camada de ozônio que se formou sobre o Ártico no fim de 2019 e tornou-se o maior já registrado se fechou recentemente, disseram cientistas do Serviço de Monitoramento Atmosférico de Copernicus (CAMS, em inglês).
Os especialistas, que monitoravam esse buraco na camada de ozônio, fizeram o anúncio no final da semana passada e destacaram que o buraco “bastante incomum” não foi causado pela atividade humana, mas por um vórtice polar do Ártico particularmente forte.
Ainda de acordo com os especialistas do CAMS, essa recuperação provavelmente não pode relacionada com a diminuição da poluição em todo o mundo causada pelas medidas de isolamento para combater a pandemia do novo coronavírus.
“O COVID-19 e os bloqueios associados à doença provavelmente não tiveram nada a ver com isso”, afirmou o grupo no Twitter. “O buraco foi impulsionado por um vórtice polar incomumente forte e duradouro, e não está relacionado a mudanças na qualidade do ar.”
De qualquer forma, o buraco era enorme – a maior parte do ozônio encontrado a cerca de 18 quilômetros da estratosfera estava esgotada, disseram os especialistas. A última vez que um forte esgotamento químico do ozônio foi observado no Ártico ocorreu quase uma década atrás.
O que é um vórtice polar?
Um vórtice polar é uma grande área de baixa pressão e ar frio que envolve os dois polos da Terra, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA.
Os vórtices polares sempre existem, mas geralmente se enfraquecem durante o verão e se fortalecem no inverno. O vórtice polar no Ártico é tipicamente mais fraco devido à presença de terras próximas, bem como cadeias de montanhas que perturbam o clima mais do que sua contraparte no Sul, disse o CAMS.
A camada de ozônio fica entre 14 e 35 quilômetros acima da Terra. Ele nos protege da radiação ultravioleta.
Ao contrário do buraco que se desenvolveu sobre o Ártico, o buraco na camada de ozônio da Antártica, no Hemisfério Sul, é causado por produtos químicos como cloro e bromo que migram para a estratosfera.
Isso fez com que um buraco na camada de ozônio se desenvolvesse sobre a Antártida ao longo dos últimos 35 anos. Mas também há notícias boas sobre esse problema: no ano passado, o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida era o menor desde que foi descoberto.
Informações de CNN Brasil.