Os Estados Unidos temem que uma tecnologia balística de longo alcance usada para colocar satélites em órbita poderia ser usado também para disparar ogivas nucleares.
O Irã vai colocar um satélite em órbita no fim desta semana, de acordo com a declaração de um ministro nesta segunda-feira (3). A operação é parte de um programa que, de acordo com os EUA, se trata do desenvolvimento de um programa disfarçado de mísseis.
“Nós não temos medo do fracasso e não vamos perder a esperança. Com preces e confiança em Deus, o satélite Zafar, até o fim desta semana, estará em órbita a 530 quilômetros da Terra”, disse Mohammad Javad Azari-Jahromi, ministro de Comunicações e Tecnologia.
No Irã houve dois lançamentos de satélite fracassados no ano passado.
Os Estados Unidos temem que uma tecnologia balística de longo alcance usada para colocar satélites em órbita poderia ser usado também para disparar ogivas nucleares.
O governo de Teerã nega que a atividade do satélite tenha como propósito acobertar o desenvolvimento de mísseis e que nunca quis ter armas nucleares.
O governo de Donald Trump reimpôs sanções no Irã, depois de tirar os EUA do acordo nuclear de 2018 –é um tratado para restringir o programa nuclear iraniano.
Trump afirmou que o acordo nuclear não era abrangente o suficiente e que não incluía restrições ao programa de mísseis do Irã.
As tensões chegaram ao seu ponto mais alto em décadas entre os EUA e o Irã depois que o general Qassem Soleimani foi morto em um ataque por drones no dia 3 de janeiro, que levou o Irã a retaliar com mísseis uma base americana no Iraque.
O Irã lançou seu primeiro satélite, chamado Omid (Esperança) em 2009. Em junho de 2011, o satélite Rasad (Observação) entrou em órbita. E em 2012, um terceiro, Navid (Promessa) foi lançado.
Fonte: Portal G1