A quarentena para conter o avanço do novo coronavírus na Índia melhorou a qualidade do ar no país, e a redução da poluição tornou possível a vista do Himalaia a partir de cidades do norte indiano.
No dia 24 de março, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, ordenou por decreto que a população inteira do país —1,3 bilhão de pessoas— ficasse em casa por três semanas.
Moradores do país começaram a publicar fotos da maior cadeia montanhosa do mundo nesta última semana. A visão não era possível há algumas décadas, segundo relatos de indianos.
O Nepal havia suspendido no início de março as permissões para escalar o Everest devido à pandemia de COVID-19. A montanha, a mais alta do planeta, faz parte da cordilheira dos Himalaias.
A medida representa um golpe para a economia do Nepal, onde o turismo de escalada é uma fonte crucial de divisas. Até o momento o país tem apenas um caso confirmado de coronavírus.
O Everest, de 8.848 metros, é acessível pela China por seu flanco norte e pelo Nepal a partir do sul.
A China já notificou os organizadores das expedições que a rota tibetana, menos transitada, permanecerá fechada esta temporada.
A escalada do Everest acontece em abril e maio porque as condições meteorológicas são consideradas menos extremas.
Várias grandes cidades registraram queda na poluição do ar nas últimas semanas devido às quarentenas. Em São Paulo, os níveis de monóxido de carbono —que é um indicador da emissão de veículos leves em grandes centros urbanos— estão atualmente entre os mais baixos para o mês de março, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
Informações de Folha de São Paulo.