O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta que o estado passa por uma segunda onda da Covid-19 e que o ano de 2021 será mais desafiador do que a gestão esperava entre setembro e outubro do ano passado, quando os números da pandemia estavam em queda.
“Tenho que fazer um alerta e um apelo. Alerta é a circunstância de segunda onda da Covid-19, que chegou ao Brasil e ao mundo. Não tínhamos essa expectativa até outubro, mas São Paulo, Brasil e 215 países lamentavelmente estão vivendo a segunda onda deste vírus. Isso exige cuidado, zelo, disciplina, perseverança e coragem para fazer o que precisa ser feito para defender vidas. O fácil é não fazer. O fácil é deixar de agir. O difícil, na pandemia, é ter atitude, fazer, defender e proteger vidas”, declarou Doria, em reunião de prefeitos paulistas.
O tucano também comentou os dados nacionais da Covid-19. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde em seu boletim mais recente, divulgado na noite da terça-feira 5, a média móvel de mortes pela doença nos últimos sete dias é de 722.
“700 pessoas perdem a morte por Covid todo dia (no Brasil). São quatro aviões lotados todos os dias. Isso não é banal. É triste, trágico. Em São Paulo perdemos 100 vidas em um único dia. Isso não deve passar pela nossa visão, pela nossa leitura, imaginando que faz parte do cotidiano”, afirmou ainda o governador.
Segundo os dados do governo, o estado de São Paulo tem 1.486.551 casos confirmados e 47.222 mortes. Na capital paulista, de acordo com a Prefeitura, são 492.078 casos e 15.812 óbitos. Os dados foram atualizados na terça.
Na segunda-feira 4, a gestão Doria confirmou os dois primeiros casos registrados no Brasil da variante do novo coronavírus identificada no Reino Unido no fim de 2020. Os infectados são uma mulher de 25 anos, que teve contato com viajantes que passaram pelo território britânico, e um homem de 34 anos, ligado à primeira paciente.