Desemprego sobe para 13,3% no 2º trimestre, com queda recorde no total de ocupados

Mesmo com as políticas de governo para reter empregos e socorrer as empresas em aperto financeiro na crise da covid-19, o País extinguiu 8,9 milhões de vagas do primeiro para o segundo trimestre, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na primeira edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) a trazer os impactos completos da pandemia no mercado de trabalho.

Mais da metade das pessoas em idade de trabalhar, ou seja, acima de 14 anos, está sem emprego. A pandemia levou a um número recorde de pessoas sem ocupação ou com jornada abaixo do desejado: falta trabalho para 32 milhões de brasileiros. Segundo economistas, o quadro ainda vai piorar. A taxa de desemprego – que subiu de 12,2% no primeiro trimestre para 13,3% no segundo trimestre – continuará crescendo.

O extermínio de vagas é verificado na queda de9,6% na população ocupada na passagem do primeiro para o segundo trimestre, para 83,3 milhões. Os cortes atingiram especialmente os trabalhadores informais, que tradicionalmente têm rendimentos mais baixos. De todos os que perderam o trabalho no segundo trimestre, quase 70% atuavam na informalidade.

Com isso, a população inativa – que nem trabalha nem procura emprego – alcançou o recorde de 77,8 milhões de pessoas. A força de trabalho potencial, que reúne os inativos que gostariam de trabalhar, também registrou recorde, com 13,5 milhões de pessoas. Foi a primeira vez que esse contingente superou o total de desempregados, de 12,8 milhões. Parte expressiva dos que não buscaram emprego apontaram a pandemia como empecilho.

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