O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abandonou o monitoramento em que estava após o diagnóstico de novo coronavírus (COVID-19) em quatro membros de sua comitiva que viajou aos EUA, e participou das manifestações pró-governo em Brasília neste domingo (15).
Em um vídeo compartilhado por um canal de apoio ao presidente, Bolsonaro cumprimentou um grupo de manifestantes que se reunia em frente ao Palácio da Alvorada e pegou celulares para tirar fotos — atitudes não recomendadas pelo Ministério da Saúde e pelo próprio Bolsonaro para conter a disseminação da doença.
Ele recebeu livros, bandeiras e falou com muitas crianças, enquanto os manifestantes gritavam: “Foda-se, Maia! Foda-se, Alcolumbre”, “Desculpa, presidente, mas eu vim”, “Eu vim de graça” e “Mito”.
Após cumprimentar manifestantes em frente ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro voltou ao Palácio da Alvorada, onde encontrou com cerca de 20 apoiadores. O presidente foi recebido com uma oração. “Vocês me botaram aqui, agora têm que me ajudar a ficar e governar”, disse.
O presidente participou dos atos, que ele diz não ter convocado, mesmo depois de ter pedido à população, em pronunciamento de rádio e TV, que não fosse às manifestações, em virtude da pandemia de novo coronavírus. A doença tem tido um número de casos cada vez maior no Brasil e já contaminou 121 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde.
Bolsonaro estava em monitoramento em Brasília depois de quatro membros de sua comitiva que viajaram com ele para os Estados Unidos foram diagnosticados com o novo coronavírus — o secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, a advogada Karina Kufa, o senador Nelson Trad (PSD-MS) e o encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em Washington, Nestor Forster.
O presidente disse ter feito um teste para a doença, que, segundo ele, deu negativo. Apesar disso, ele deve ser testado novamente para o novo coronavírus nesta semana.