A Agência Nacional de Vigilância Sanitária exaltou nesta terça a informação de que a vacina Sputnik V, da Rússia, apresenta eficácia de 91,6%, mas ponderou que os dados se referem a um imunizante distinto do que foi submetido à Anvisa pela União Química. Os resultados constam de artigo publicado na revista científica Lancet.
A Anvisa afirmou em nota que “a publicação de um estudo clínico em uma revista científica de referência é uma boa notícia”, mas ressaltou que, “para decidir sobre a eficácia e segurança, a autoridade reguladora precisa ter acesso aos dados completos gerados nos estudos clínicos”.
Segundo a agência, o estudo publicado em The Lancet se baseia na vacina em forma líquida armazenada a -18º, enquanto o imunizante que a União Química pretende disponibilizar ao Brasil se mantém “em outras condições de temperatura e conservação, diferentes do produto que trata o artigo”.
“Dessa forma é necessário saber se os resultados encontrados são extrapoláveis, ou seja, se os resultados da vacina líquida a –18°C valem também para a vacina que a União Química quer trazer para o Brasil. Para este tipo de avaliação é necessário estudo de comparabilidade entre os outros”.